segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal

Durável - apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar para este mundo.

Cecília Meireles


Desejamos a toda a Comunidade Educativa do CIC e a todos os seguidores deste blogue um Santo Natal e um Feliz 2014.

Porque o Natal também é RECORDAR…

Os alunos do 7º ano escreveram alguns textos sobre situações familiares e escolares que perduram ainda na sua memória…


        O meu último Natal
Na noite de 24 de dezembro, estava muito frio e nevoeiro.
Eu e os meus pais chegamos a casa dos meus tios para jantar. Quase não reconhecia aquela moradia, pois tinha iluminações por todo o lado, uma árvore de Natal que chegava ao teto, de tão grande que era, e a mesa, onde íamos comer, possuía louça natalícia. Sentamo-nos a jantar. O prato que a minha tia tinha preparado era caldeirada de bacalhau. Estava tudo delicioso! De seguida, acomodamo-nos no sofá a aquecer os pés na lareira e a conversar uns com os outros.
À meia-noite, abrimos algumas prendas que vinham embrulhadas em brilhantes, coloridos e vistosos embrulhos. Após este momento, dirigimo-nos a casa para dormirmos.
 No dia seguinte, o despertador tocou e eu acordei. Depois do pequeno-almoço, abri mais prendas dos meus pais e agradeci-lhes imediatamente. Lembrei-me que era dia 25 e, como tal, íamos jantar a casa da minha bisavó. Fiquei feliz e entusiasmada por a ver e por encontrar toda a minha família ali reunida. Apesar de já ter uma idade, a minha bisavó continua a ser meiga, carinhosa, atenciosa e com bom coração.
 Jantamos, conversamos, rimo-nos, brincamos e, com muita pena minha, tivemos de regressar a casa.
 E, assim, terminou mais um Natal, que me encheu o coração de alegria. Aprendi que o Natal não é meramente prendas, mas sim família. É importante estarmos todos unidos nesta época tão especial.
                                                                       Bárbara Lourenço, 7ºB
O dia de Natal

           

Certo ano, fui passar o Natal a casa dos meus avós maternos. Quando lá cheguei, reparei que a casa continuava exatamente igual: grande, com a relva verde, um pátio rachado e as paredes brancas tinham a tinta a sair. Entrei e cumprimentei os meus familiares: os meus avós, os meus primos… Senti o cheiro do Natal: o bacalhau, o peru, o bolo-rei.
            Depois, fui brincar com os meus primos. A seguir, chamaram-nos para jantar. O ambiente era ótimo: todos conversavam, alegres, naquela grande e velha casa. Depois de jantar, chegou a hora mais esperada: era hora de abrir os presentes. Eu recebi um jogo para a playstation, dinheiro e alguns Legos. Ao darmos os presentes, reparamos que o meu pai e o meu irmão tinham desaparecido. Procuramos por toda a casa, mas eles não apareciam. Então, quando menos esperávamos, o meu pai apareceu a puxar um carrinho que tinha construído para o meu irmão, que vinha lá dentro.
            Com muito riso e muita alegria, naquele calor da família, vivenciámos momentos inesquecíveis.

Pedro Moreira, 7º D

A neve

Num frio e feio dia de janeiro, em que o céu cinzento, o nevoeiro fino e as nuvens espessas cobriam a escola, aconteceu uma coisa magnífica.
Estávamos na aula de Português a ler um texto. Um texto sobre neve. Era interessante, mas todos estavam mal-humorados, por causa do tempo.
-Carolina?
-Sim, professora?
-De que fala o texto que acabamos de ler?
-Fala de neve, professora.
Nesse momento, olhei pela janela. Nem acreditava no que via! Flocos de neve caíam do céu como pequenas fadas delicadas.
-Oh, neve!- exclamei eu.
-Sim, Carolina, ouvi bem da última vez, não era preciso repetires!
-Não é isso! Está a cair neve lá fora!- retorqui.
Todos olharam pela janela. Era verdade! Uma visão magnífica!
-Professora, podemos ir lá para fora, por favor?-suplicamos em coro.
-Não sei…
-Por favor! Vá lá, vá lá!
-Está bem!-concordou a professora.
Minutos depois, todos os alunos brincavam na neve. A manta branca cobria o chão e até o topo dos edifícios! Até a estátua de Claret ficou branquinha!
Foi um dia que começou feio e triste, mas acabou lindo e maravilhoso. Nunca o hei de esquecer!

Carolina Costa, 7ºA

Natal mágico

Estava noite cerrada. Toda a aldeia se enchera de luzes, que lhe conferiam uma enorme alegria. Era o Natal de 2012.
As minhas tias andavam, apressadamente, a enfeitar as iguarias para aquela noite, que tudo indicava que seria mágica.
Chegados os convidados, sentamo-nos muito vagarosamente à mesa.
Daí a uns instantes, todos começaram a falar do que seria um Natal mágico. Então, cada um disse o que pensava. Quase todos disseram o mesmo, ou seja, que o Natal era um momento em família, um momento de convívio. Quando chegou a vez da minha prima Érica opinar, esta disse uma frase que me fez pensar: “O Natal é um momento em família, claro que sim, mas nem todos podem ter essa sorte”.                                                                                           
  A noite continuou mágica e alegre. Toda a minha família se sentia ainda mais unida. Todavia, aquela frase não me saía da cabeça e, por mais que a quisesse esquecer, não conseguia.
Aproveitei o momento de estarem todos ocupados com as suas tarefas, para dar uma escapadela. Fui ao jardim, olhei para o céu e lá estava ela, a estrela mais brilhante da minha vida. Fiquei, por uns momentos, a pensar e regressei para a festa.
 Estive calada o resto da noite. No caminho para casa, perguntei, então, à minha mãe o que aquela frase queria dizer. Ela explicou-me que nem todas as crianças tinham uma família unida como a nossa. Naquele momento, tudo fazia sentido
Beatriz Mendes, 7ºB

A Descoberta

           
Era um dia normal, igual a tantos outros, estava eu sentado no recreio, enquanto os meus amigos jogavam à bola.
            Isabel estava a falar com as amigas e a dar risadas. Era linda, tinha cabelos ondulados e loiros, olhos verdes, era alta e magra. Cheirava sempre a rosas, pois fora o perfume que eu lhe dera nos anos.
            Estava na hora da aula de Educação Física e o professor nomeou-me para fazer as equipas. Escolhi logo Isabel e durante a aula não paramos de falar. Eu sentia-me feliz!
            Quando tocou, ela foi comigo guardar o material. Era uma sala cheia de bolas de futebol e outros materiais e, apesar de cheirar a mofo, era o sonho de toda a gente da escola ter a chave dessa sala.
            O professor Emanuel fechou a porta mas, quando se foi embora, deixou cair a chave da sala. Ainda tentei dizer-lhe, porém, já não cheguei a tempo. Tinha aquela chave na minha posse, estava radiante! Fui logo contar à Isabel. Ela riu-se e deu-me um beijo na cara.
            Não podia acreditar, agora toda a turma me adorava e eu sentia que a minha relação com a Isabel era mais do que uma amizade.
            Mais tarde, o professor descobriu que tínhamos a chave, todavia, até isso acontecer, foram os melhores dias da minha turma!
            Podemos ter perdido a chave, mas eu não perdi a Isabel!
Miguel Alves, 7ºA

Uma prenda fabulosa

Estava eu em minha casa, sentado no sofá, com um bloco de notas no colo e uma caneta preta na mão, a tentar decidir o que queria para os meus anos. Estava bastante indeciso, então, pousei o bloco e a caneta no chão e pus-me a olhar para as paredes da casa. Eram brancas e estavam um pouco manchadas. O teto também era branco, com um enorme candeeiro no centro. Acho que nunca tinha observado a minha casa com tal atenção.
Os meus pais ainda não tinham falado sobre os meus anos, o que achei estranho, por isso, decidi ir conversar com eles. Quando lhes perguntei se se tinham esquecido do meu aniversário, eles limitaram-se a dizer que não.
Chegada a manhã do meu dia de aniversário, olhei para o chão do meu quarto a ver se encontrava uma prenda no chão. Nada! A minha mãe entrou no meu quarto, mandou vestir-me e levou-me para o carro. O meu pai esperava-nos e, sem pronunciarem uma palavra, levaram-me para o aeroporto. Esperamos meia hora, até que entramos num avião. Voámos duas horas até aterrarmos numa cidade totalmente desconhecida para mim.
De repente, os meus pais gritaram-me “Parabéns!” Percebi o que se passava e comecei a olhar em redor: vi uma alta torre de pedra, muito antiga e várias casas de cores diferentes. Sentia o cheiro das flores no ar e as pessoas caminhavam com um rosto alegre.
Depois deste dia, passei a dar menos valor às prendas materiais. Esta foi, sem dúvida, a melhor prenda que alguma vez poderia receber.

António Grangeia 7ºD 

A tia mais forte do mundo

Há uns anos atrás um acontecimento abalou a minha família: a minha tia ficou com cancro.
Não fui o primeiro a saber mas andava desconfiado. Passei dois dias apreensivo até que a minha mãe se dirigiu a mim e disse:
 - António, tenho de te contar uma coisa.
 - Fiz alguma asneira? - perguntei eu já preocupado.
- Não! É a tia Graça… ela …tem cancro.
Não tinha ouvido falar muito nessa doença, mas sabia o que acontecia e, por isso, chorei, a minha cara ficou vermelha, com olheiras e não conseguia prestar atenção a nada nem a ninguém.
Quando soube que ela já estava em casa dos meus avós, quis logo ir visitá-la, a minha mãe deixou e lá fomos nós.
 Entrei no apartamento, que é espaçoso, com peças de louça por todo o lado e com um cheirinho sempre bom. Mas, naquele dia, eu nem me apercebi desses pormenores, queria ver a minha tia.
 A minha cara foi de espanto quando a vi e, como sou curioso, perguntei:
-Porque é que usas esse lenço?
 A resposta veio em dois simples gestos: desamarrar e tirar o lenço. Pela primeira vez, vi a minha tia sem cabelo… a sua cara ficou pálida, o corpo estremeceu e, ao olhar-se ao espelho, quase chorou.
Toda a família sempre acreditou na recuperação da minha tia, incluindo ela mesma e, apesar de ser difícil de acreditar, a minha tia venceu o cancro. Duas vezes!
 É por essa razão que eu acho que a minha tia é a tia mais forte do mundo.

António Costa, 7º D

O primeiro dia de aulas

Num dia lindo de verão, eu entrei para o primeiro ano escolar.                 
 A escola era grande, espaçosa e imponente. Eu, como não conhecia ninguém, tentei conversar com alguns colegas, mas estes não me “ligavam nenhuma”.
Às nove horas em ponto, fui para a sala de aula, onde vi a minha professora Raquel a escrever a data no quadro. Fiquei admirado, não esperava encontrar uma sala tão bonita, de paredes amarelas, pequenas janelas verdes, quadro preto e secretárias castanhas.                     
No intervalo, observei atentamente os meus colegas a jogarem à bola. Eles eram uns “craques”, nunca perdiam a bola e foi então que lhes pedi para jogar. Porém, nem todos estavam de acordo, exceto um que disse:  
 - Vá lá, deixem-no jogar!  
Esse colega chamava-se Filipe e acabou por se revelar um grande amigo durante os quatro anos que estudei nesta escola.
Durante o jogo, dei o meu melhor e consegui surpreender os outros jogadores quando marquei dois golos fantásticos que deram a vitória à minha equipa.
No final, cumprimentamo-nos e, a partir daí, formámos uma equipa imbatível.
  Bruno Azevedo, 7ºC

Uma floresta amiga

Era a véspera de Natal do ano 2010, quando aconteceu uma das maiores discussões da minha vida.
Como todos os anos, fomos passar o Natal na casa da minha avó. Era uma casa grande, velha, mas em bom estado, porque já se tinha sido sujeita a muitas recuperações. Tinha grandes e magníficos jardins, todos muito bem tratados. Era um autêntico palacete.
Era princípio da tarde, quando tudo começou… Tinha acabado de descobrir que um dos muitos presentes, que tinha pedido para o Natal, não o iria receber. Os meus pais diziam que eu era muito mimada e que tinha de mudar a minha atitude.
Fiquei muito zangada, por isso fui dar um passeio numa floresta próxima.
Diziam que era uma floresta assombrada, mas eu não queria saber. Ao colocar o primeiro pé naquele local, senti logo um arrepio, no entanto não desisti e decidi aventurar-me.
Andei mais um bocado e percebi que era uma floresta escura, triste e cheia de eucaliptos e pinheiros. Tinha várias rochas e vários animais voadores.
Passado algum tempo, ouvi vozes e resolvi seguir o som para indagar de onde elas vinham. Descobri dois irmãos que se apresentaram. Chamavam-se Inês e João e tinham a mesma idade que eu, nove anos. Disseram-me que tinham sido abandonados e eu decidi levá-los comigo para passarem o Natal na companhia de alguém. Quando chegamos a casa, eu contei à minha família a sua história e os meus tios adotaram-nos.
Nós ficamos contentes e descobri que, nesse dia, a minha atitude tinha mudado e que tinha acabado de encontrar dois grandes amigos para o resto da minha vida.
Foi assim que a floresta passou de assombrada para conciliadora.
Margarida Faísca, 7ºD   

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A adolescência



Os neurologistas descobriram que o cérebro começa a reorganizar-se na puberdade e provoca um tremendo alvoroço que é responsável, em grande medida, pelas atitudes dos mais jovens.
L.M., in SuperInteressante n.° 152 - dezembro 2010

A primavera da vida é bonita de viver,
Tão depressa o sol brilha como a seguir está a chover.


Também os nossos alunos do 9º ano refletiram sobre a fase que estão, neste momento, a vivenciar. Os resultados foram curiosos… 

A adolescência é vista e conhecida pelos adultos pela “fase do armário” ou a “fase da parvalheira”.
Quando estamos na adolescência, parece que tudo está contra nós e que ninguém nos compreende. É como se não estivéssemos numa fase concreta. Não somos crianças e, por isso, não nos devemos comportar como tal, mas quando tentamos integrar-nos os adultos pensam que nós não sabemos nada! É como se estivéssemos num edifício à procura do nosso andar, mas nunca o encontrássemos.
Apesar de tudo, há algumas coisas positivas. Já temos algumas regalias e já não temos tantas restrições como quando éramos mais novos, mas ainda assim somos incompreendidos e “renegados”.
Uma pergunta que faço a mim mesma é: Se os adolescentes são tão irresponsáveis e tão “acriançados” porque nos dão a possibilidade de escolher o nosso futuro? Porque temos de tomar decisões tão importantes? Se a nossa personalidade não está ainda formada, porque temos de o fazer?
Também podemos classificar a adolescência como uma pirâmide de problemas. Mas não será uma perda de tempo queixarmo-nos deles? No final, temos de viver com eles…
A adolescência é a primavera da vida, onde tudo floresce, por isso devemos aproveitá-la mesmo que, por vezes, ainda nos molhemos coma s suas chuvas tão características.

Francisca, 9ºE

A adolescência é uma das fases do ser humano. Sendo ela extremamente complicada e complexa, é também uma das melhores fases da vida e, como se costuma dizer, a primavera da vida.
 Um adolescente sofre mudanças físicas que provocam mudanças psicológicas, que levam a mudanças de personalidade, de humor e assim sucessivamente…uma fase de mudança. O facto de um adolescente nem sempre, ou raramente, compreender o que se passa consigo próprio que faz com que haja má comunicação com os outros. Porém, o adolescente começa a revelar interesses mais profundos no amor, na aventura, na política, ou seja, nos assuntos dos adultos.
Na minha opinião, é importante uma constante mas moderada presença dos pais na vida de um adolescente, pois ajudá-lo-á a entender e resolver alguns problemas, porque a adolescência é uma fase muito intensa e complexa que, na minha opinião, é precisa ser vivida como se não houvesse amanhã, porque só se é jovem/ adolescente uma vez na vida.

                     Álvara Couto, 9ºE
A meu ver, a adolescência é uma das fases mais complexas da nossa vida, mas não necessariamente a mais difícil, pois, apesar de viajarmos numa estrada aos solavancos, existem alguns momentos de serenidade ao longo do percurso.
A verdade é que existem algumas desvantagens, aliás, não as vou denominar de desvantagens, mas sim de diferenças significativas entre a infância e o presente vivido; ou seja, ao acumularmos primaveras, vamos também ganhando mais maturidade. Somos, então, obrigados a tomar as rédeas da nossa vida e, como é claro, no início, cometemos alguns erros devido à notória inexperiência, mas vamos rapidamente começar a estudar com mais afinco a mesa de opções, visto que, agora, as consequências dos nossos actos recaem apenas sobre nós.
Apesar de sermos nós próprios a desenhar o nosso rumo, o que traz um maior nível de dificuldade à nossa vida, existem também algumas vantagens. Como somos seres mais maduros, os nossos pais começam a demonstrar a sua confiança em nós ao deixar-nos ir ao cinema, passar uma tarde inesquecível com aqueles amigos tão importantes, que estão sempre ao nosso lado, prontos a guiarem-nos por este labirinto confuso que é a vida.
Esta é realmente uma etapa sorrateira onde predominam as desilusões, incompreensões, tristezas, felicidades, conversas triviais e discussões totalmente evitáveis que perturbam a mente cansada dos adolescentes, que partiram numa viagem extremamente perigosa à procura das suas respetivas identidades.

                                               Mariana Lima, 9ºD

É aquela fase da vida em que florescemos e nos tornamos “adultos”, como muitos dizem. É o patamar em que os adolescentes têm os seus primeiros amores, ou desgostos, é quando nos começamos a importar com a maneira de agir, comportar ou até de vestir, se as calças favorecem ou se o namorado ou namorada vão gostar do novo casaco.
Todos atravessamos a adolescência quer queiramos, quer não, quer gostemos, quer não gostemos. Uns classificam-na como assustadora, rebelde, pavorosa… mas eu vejo-a como um processo de aprendizagem em que olho para dentro de mim e vejo o que sou e como transpareço ser, quais são os meus objetivos de vida e quais são os obstáculos que anseiam levar-me por caminhos errados.
Nesta altura também começamos a ter pequenos distúrbios emocionais, nalguns casos bastante graves: jovens que saem de casa, que se suicidam, ou pelo menos tentam. Por vezes isso acontece devido ao meio familiar em que estão inseridos ou devido às más companhias. É aqui que eu recorro à minha família, ao meu porto seguro, para não ser levada pelas tentações da vida e para ultrapassar esses contratempos emocionais.
Afinal, somos todos pequenas flores, que começam frágeis, um botão apenas, por vezes confrontado com invernos rigorosos de chuvas intensas, mas, na primavera da vida, todos desabrochamos e mostramos a nossa verdadeira essência.

Sara Ramos, 9ºE
Adolescência: a idade em que se é novo demais para metade das coisas que queremos fazer e velho demais para a outra metade.
Apesar de ser um tempo de mudança e descoberta, nem sempre iniciar novas aventuras é fácil. Principalmente, porque as piores coisas da vida vêm de graça.
Posso aqui referir o facto de que ser adolescente e lidar com a pressão posta pelos pais não ser uma tarefa fácil. Assim como decidir sobre quem é uma boa ou má influência, e manter uma vida social, ao mesmo tempo que somos bons alunos e praticamos outras atividades.
Sem dúvida que também há vantagens: as primeiras paixões aparecem, tal como oportunidades de uma vez na vida.
Eu própria, sendo uma adolescente, tenho a oportunidade de experienciar todos estes sentimentos: saudade de momentos que não vou repetir e ânsia pelos que ainda vão ocorrer.

Kayla Silva, 9ºE

A adolescência é uma das fases mais ricas da vida, dado que passamos por inúmeras experiências que vão definir a nossa personalidade. É uma guerra que travamos contra nós próprios, que irá resultar num tratado de paz assinado por todos os fatores que intervêm na nossa vida, quer a nível social e físico, quer emocional. Esta paz dará origem a um ser humano adulto e completo. Contudo, este período da nossa vida tem vantagens e inconvenientes.
Uma das maiores desvantagens da adolescência é a instabilidade emocional, porque é a partir dela que se geram conflitos, quer no seio familiar, quer no grupo de amigos, onde surgem rivalidades e discussões. Esta instabilidade emocional leva o adolescente a passar da tristeza à alegria ou vice-versa, numa questão de segundos, o que o deixa desorientado e confuso.
As transformações físicas também são uma desvantagem da adolescência, visto que podem provocar insegurança e levar a autoestima do adolescente a baixar de forma repentina.
Mas a adolescência reveste-se também de muitos aspetos positivos, pois amadurecemos e ficamos mais responsáveis, já que nos apercebemos do verdadeiro significado da vida e aprendemos a escolher o caminho certo, o rumo que queremos que ela tome.
A adolescência é uma fase de experiências e de crescimento, de erros e vitórias, e uma fase de escolhas. É, sobretudo, a etapa da vida em que pensamos no que já fomos, no que seremos e, principalmente, em quem somos.

Nuno Aguiar, 9ºD

A adolescência é uma das fases mais interessantes e delicadas da vida.
É nesta fase que aprendemos a ser realmente alguém, como devemos agir, como devemos pensar, aprendemos a sermos nós mesmos!
Por vezes sentimo-nos a “ir abaixo”, pois pensamos que nada nos corre bem e que estamos sozinhos, sem ninguém para nos ajudar, é apenas uma ilusão (na maior parte dos casos), mas naquela altura parece bastante real… É quando nos sentimos revoltados e assustados, mas não sabemos controlar as nossas emoções ou sentimentos, o que leva muitos ao desespero. Existem muitos casos de adolescentes embriagados ou drogados, e, infelizmente, por opção própria, alguns chegam mesmo a fugir de casa; mas uma das piores situações é quando engravidam, pois aí a sua vida mudará para sempre.
Por estas e por muitas mais, eu penso que a adolescência é uma fase complicada, mas que com responsabilidade e maturidade todos conseguem ultrapassar. Uns com mais dificuldade, outros com menos, mas a concluso que eu tiro sobre esta fase é que, por mais desesperante que seja, vale a pena, pois, faz de nós, de quem somos, o que normalmente, é algo muito gratificante.
Rita Garcia, 9ºE  

Caminham com um ar de modelos, ou do ultramar conquistadores, e falam tão alto como El-Rei falava quando tinha o dobro da idade deles. E fazem-se homens e mulheres que controlam o ambiente e os comportamentos alheios, só porque nesse dia sentem que deve ser assim.
Os adolescentes não seguem regras. Não são domáveis nem controláveis, e não pagam impostos. Não têm de se preocupar com o seguro do carro e têm o dom de ver as coisas de forma diferente, mais artística e mais bela. Mas há mais vantagens: têm um futuro para imaginar, e coisas por que se interessar, o que eu considero surpreendente.
Mas como são humanos (mais pequenos) são também igualmente «desprezíveis», porque já têm de se preocupar com a roupa e a escola e as mudanças de humor, e aturar a «estupidez» dos adultos e adaptar-se a um mundo que não foi feito para eles, mas mesmo assim deixam-se influenciar: quando algum é diferente dos outros, não é digno.
Sofrem, é verdade que também sofrem, enfrentam estes e mais inconvenientes, mas também sabem como criá-los. Dramatizam. Tornam-se básicos.
E eu sou adolescente. Também eu sou indomável, incontrolável e igualmente «desprezível».


Sofia Magalhães, 9ºE

Quando ainda mal sabemos escrever o nosso nome, ouvimos os nossos familiares falar de algo assustador pelo qual eles já passaram e nós passaremos um dia, chamam-lhe adolescência.
Na escola, os professores ensinam as mudanças que verificaremos mais tarde. Isso faz--nos, instintivamente, olhar para o nosso corpo e imaginar o quão grande será o nosso pé daí a uns anos. Contudo, quando passamos realmente pela adolescência, percebemos finalmente que esta tem “muito que se lhe diga”.
Os nossos pais queixam-se da nossa falta de educação se não respondemos como eles querem, os nossos professores gritam que o nosso comportamento não era, nem de perto nem de longe, tão indisciplinado quando ainda escrevíamos com uma letra à mão perfeitinha, os nossos amigos aborrecem-se connosco, sem, por vezes, nós percebermos o porquê. Não compreendemos e somos incompreendidos, ora rimos, ora choramos, gostamos hoje e amanhã odiamos. É simplesmente bizarro.
No entanto, à medida que o tempo corre, apercebemo-nos do quão especial foi essa época. Do quanto nos rimos e do quanto fizemos rir, de quanto aprendemos. Do quanto as memórias que guardamos - que são tão nítidas na nossa cabeça quando nelas pensamos- nos fazem fechar os olhos e sorrir. Até daquilo que sofremos, que preenche uma parte daquilo que somos nesse momento.
A meu ver, a adolescência é algo grandioso e também duradoiro; para mim, o dia de ontem é uma peça da minha vida que merece ser recordada para sempre.

Rita Horta, 9ºE

A adolescência é um período pelo qual todas as pessoas têm de passar, para se poderem transformar em adultos. É um longo processo que transborda de ilusões, mudanças e intolerâncias.
 Na minha opinião, não há nada mais complexo do que este período de afirmação pessoal. Atualmente, tenho 14 anos e, como já sou uma adolescente, possuo alguma moral e experiência acerca deste assunto. Algumas das vantagens visíveis a todos da adolescência são, por exemplo: conhecimento de quem somos e do mundo que nos rodeia, com fatores determinantes no crescimento de qualquer indivíduo. Já as desvantagens ganham em “ massa” o dito favorecimento deste difícil processo. Ter de decidir o trabalho e a pessoa certa com quem passar o resto da vida são alguns exemplos dos problemas que os adolescentes têm de suportar para poderem ganhar como resultado uma vida fiel aos seus ideais. Muitos deles também têm um certo medo de não terem capacidade suficiente para, um dia, serem adultos responsáveis e com a devida maturidade.
 Contudo, a adolescência é algo normal que permite uma afirmação pessoal, de acordo com aquilo que são os ideais de cada um. É algo que podemos observar, entender mas, sobretudo, sentir: uma grandiosa mudança.
                                                  Olívia Almeida, 9ºD

A adolescência é uma altura de sofrimentos, alegrias e mudanças, tanto para os mais velhos como para os mais novos. A verdade é que este período parece criar uma barreira invisível entre pais preocupados e filhos indiferentes, preparando tanto uns como outros para os anos seguintes em que a descoberta da independência se torna num fator importante.
Esta fase, ao contrário do que muitos pensam, evoca medo tanto aos adultos como aos adolescentes. Para os mais velhos, esta é a altura em que os filhos se transformam em criaturas incompreensíveis e, para os mais novos, é a fase em que o mundo perde a inocência, expõe a cruel verdade sobre a sociedade e é também a fase de fazer escolhas de gente crescida para o futuro, tudo isto enquanto o corpo muda e as hormonas atacam como um vírus, turvando-nos a visão e convencendo-nos que todo o mundo está errado e só nós estamos certos.
Verdade seja dita: por mais irracionais que sejamos agora, não somos estúpidos. Por mais emocionalmente instáveis que sejamos, não somos malucos. E, acima de tudo, temos uma voz tão forte como inocente, que carrega inúmeras verdades que anos de experiência neste mundo não conseguem contrariar. Às vezes, só precisa de ser ouvida.


Cláudia Ribeiro, 9ºA

A adolescência, como tudo na vida, apresenta as suas vantagens e desvantagens, tanto para os progenitores, como para os jovens.
Para os pais, esta etapa, por vezes, pode ser uma grande luta, pois os seus filhos pensam que já são grandes, por isso, julgam que podem fazer o que querem, quando querem, como querem. Porém, como é óbvio, estão errados. Tudo isto provoca alterações de humor, transições rápidas da tristeza para a alegria, e vice-versa, ou da afabilidade para a fúria.
Uns podem tornar-se solitários e, nestes momentos, os adolescentes devem procurar um grupo de jovens da mesma idade com quem possam conviver e em quem se possam apoiar.
No entanto, nesta idade, aprende-se muito com os erros, ou então, mesmo sem eles, aprende-se a lidar com a vida.
Em termos sociais, deve-se escolher muito bem os nossos amigos, pois eles serão, sem dúvida, uma presença muito importante no futuro.
Ao longo dos tempos, o “efeito” vai passar até chegarmos ao ponto de assentar na vida real.

Francisco Silva, 9ºB

Hoje em dia, a fase da adolescência é associada a: desordem, desarrumação, desorganização, amores, desamores, amigos, inimigos, SMS… A verdade é que, em suma, os jovens são o desespero dos pais, dos professores, dos irmãos mais velhos!... A sua história poderia ser contada numa das novelas da TVI, e acredito que só traria lucros.
A adolescência é a fase de transformação em que se passa de criança brincalhona a adulto responsável e autoritário, como uma espécie de larva que cresce num casulo para se transformar numa bela borboleta. O problema é que, enquanto a borboleta fica fechada no casulo, nós ficamos abertos ao mundo, com preocupações, testes, passatempos, amigos e mais uma centena de coisas a preocupar-nos ao mesmo tempo a cem à hora.
Ser adolescente é difícil para todos, mas também não apresenta só inconvenientes. Há também muita coisa boa para fazer. Ora, ver a nova série que dá na televisão, ora ir ao cinema com os amigos, ora simplesmente ficar em casa sem fazer nada, são grandes momentos que devemos aproveitar. Pelo menos, eu aproveito. O tempo passa tão depressa que quase não o sentimos decorrer, por isso, devemos aproveitar cada momento.
Maria Inês Cardia, 9º A

A adolescência é um período complicado, que envolve mudanças físicas, psicológicas e, muitas vezes, sociais. É o tempo de caras carrancudas, das noites mal dormidas e das hormonas aos saltos. Por vezes, as pessoas apelidam-nos de bipolares, mas a rebeldia da adolescência não se cura com um comprimido. Na verdade, esta “doença” dura oito anos, afetando a população que sai dos dez e entra nos terríveis onze anos.

Durante estes longos oitos anos, várias coisas mudam em nós: a nossa aparência, a nossa personalidade, o nosso grupo de amigos…somos apanhados pela febre dos SMS’s, passando a maior parte dos nossos dias agarrados ao telemóvel a mandar mensagens secretas aos nossos amigos.

Na minha opinião, a adolescência é um período de reflexão e de aprendizagem que marcará a nossa vida. É quase como se o nosso corpo nos desse este período de tempo para nos preparamos para a idade adulta, para ficarmos maturos e responsáveis pelos nosso atos.

Enfim, a adolescência transforma-nos em pequenos “monstros”, prontos a devorar o mundo, caso este nos aborreça, fazendo de nós a grande preocupação dos nossos pais, mas, na verdade, somos ainda miúdos a brincar aos crescidos com as roupas da mãe e do pai.
Marta Sousa, 9ºA

A maior parte dos adolescentes encara a adolescência como a idade de mudança física e/ou a idade "do divertimento". Muitos nem se apercebem do quanto mudam psicologicamente e como isto influencia as escolhas pessoais e de vida. Esta etapa é encarada, por muitos jovens, como uma transformaçao física, de personalidade e de humor.
Na minha opinião, não existe uma mudança de personalidade, apenas uma afirmação do caminho que o adolescente pretende seguir. Nesta fase, encontramos quer vantagens quer  desvantagens que nem sempe nos permitem concluir se se trata de uma etapa boa ou má na vida.
Para a maior parte dos adultos, a adolescência é a melhor fase que há na vida, pois não temos que trabalhar, não temos que sustentar uma casa nem nada que se pareça. Para eles, apenas temos que estudar e "gastar o dinheiro dos nossos pais". Claro que este ponto de vista é quase sempre contrariado pelos jovens. Eu, por exemplo, tenho 14 anos e estou a passar por esta fase e sei o quanto é difícil por vezes ter que "aturar" estes comentários sempre a contrariar a nossa opinião. Nós queremos assumir a nossa maturidade e mostrar que somos capazes de fazer algo na vida. Queremos afirmar a nossa personalidade, o nosso espaço e a nossa privacidade.
Por outro lado, é certo que não temos noção do que é a vida exaustiva dos nossos pais.
Penso que todos gostamos um pouco deste período na nossa vida e que, mais tarde, gostaremos de contar os momentos por ela passados! No meu ponto de vista, a adolescência pode caracterizar-se como uma etapa essencial na nossa vida.

Ana Sofia Pinto, 9º B