quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Imbuídos do espírito natalício, alguns alunos redigiram textos alusivos a esta época:

Carvalhos, 14 de Dezembro de 2010

   Querido Pai Natal,


   Em todos os Natais, os pobres raramente têm comida para colocar em cima da mesa. Por isso, existem ajudas como o Banco Alimentar contra a fome... no entanto, como sabes, infelizmente, existem homens maus que não sabem partilhar o que têm a mais com aqueles que têm a menos.
   Este Natal, só desejo duas pequenas coisas:
   - que todos os que necessitam de roupa, brinquedos, comida, entre outros bens, os possam ter;
   - que todos os homens e mulheres sejam solidários uns com os outros para, juntos, formarem um mundo melhor.
   Como sabes que eu acredito em ti, gostaria que inspirasses as pessoas a serem amigas.
   Um Feliz Natal para todos!


Inês Teiga, 5º E

P.S. Pai Natal, sei que não me vais desiludir!



Um Natal inesquecível

   Uma menina de olhos azuis, de cabelos loiros, magrinha e com cerca de oito aninhos, acordou de manhã cedo, pois era dia de Natal e não queria perder nem um segundo. Queria viver o seu melhor Natal de sempre!
   A correr, foi ao quarto dos pais acordá-los, e disse já quase sem fôlego:
   - Mãe, pai, acordem!...
   - Luisinha, ainda são 07h00 da manhã! – disse a mãe, ainda com os olhos meio fechados.
   - Não se lembram, hoje é dia de Natal!!! – exclamou, com muita energia.
   Os pais levantaram-se, já a correr, para preparar as deliciosas sobremesas, pôr as luzinhas da árvore a piscar…
   À noite, chegou toda a sua família e chegou o Pai Natal!
   As priminhas mais novas receberam tudo o que tinham desejado, ela, no entanto, pediu amor e carinho.
   A prenda de que mais gostou foi uma caixa. Estava vazia e nem era muito bonita, mas, dentro dela, vinha um bilhetinho que dizia: “ Enchemos esta caixa com beijinhos, amor e carinho, tal como tu pediste. Assinado: Pai e Mãe.”
   Para a Luisinha, este Natal foi maravilhoso, tudo graças a esta magnífica prenda.

Bárbara 5º D

   Guiné, 8 de Dezembro de 2010

   Querido Pai Natal,
   Espero que estejas bem de saúde e que durante as férias tenhas descansado. Chamo-me Décio, sou pequeno e ainda não domino bem a escrita, pois os meus sete anos ainda não foram suficientes para eu ser sábio e dono das palavras. Mas como agora já ando na escola, soube que tu, Pai Natal, no Natal, a festa com o teu nome, juntamente com as tuas renas, dás presentes a todos os meninos do mundo e que me podes dar a prenda que eu imaginar, pois para ti não existe presente difícil ou impossível….
   Só soube isto há dias, primeiro, porque sou pequenito e só, e os solitários sabem pouco, visto que quase ninguém troca ideias com eles ou lhes ensina as coisas da vida, depois, porque vivo num país muito pobre da África Ocidental, a Guiné, onde falta tudo. Vivo no continente do pó e das crianças sem família, sem escola, ou melhor, no continente com crianças que têm apenas o “quase nada”.
   Aprendi na escola que existe o Natal, o tempo dos presentes, e que tu, Pai Natal, dás sempre os que te pedem… não sabia que podia pedir um, nem que tinha o direito a ter mais do que já tenho. Agora que já vou à escola, aprendi a ler e escrever e sei que as crianças podem ter um presente dado por ti. Pensei, pensei, organizei as minhas ideias, porque tenho falta de algumas coisas, de um lápis, de um caderno, de um sapato para o pé (ou para os dois que estão sempre descalços), de comida, de livros, de uma casa e até de um banco para me sentar na escola. No entanto, como não posso gastar o meu pedido com isto, decidi que apenas preciso de um presente.
   Sei que ainda faltam alguns meses para o Natal, não há pressa, mas é para que tenhas tempo para pensar.   Espero que não te zangues!
   Então, aqui vai! Eu queria que tu, meu querido e novo amigo Pai Natal, me desses uma família, daquelas de pai e mãe, não com muitos irmãos, só com um se puder ser, pois aqui, na minha terra, a vida para as famílias numerosas é difícil. Porém, se for complicado encontrar uma família pequena, pode ser uma qualquer. O que eu quero mesmo é um pai e uma mãe só para mim, com quem eu possa estar o tempo inteiro.
   Não te vou ocupar mais, um grande abraço do teu novo e grande amigo,
Décio

P.S. Se o meu presente for difícil de encontrar ou estiver esgotado, não te preocupes, nem fiques triste, que eu aguardo pelo próximo ano.

Francisca 8º A


Carvalhos , 14 de Dezembro de 2010
   Querido amigo Pai Natal,
   Sabemos que estás extremamente ocupado nesta altura do ano, no entanto, gostaríamos de te fazer um pedido muito importante e especial.
   Neste Natal de 2010, queriamos propor-te um desafio: « Ir mais longe e mais além ». Estamos a referir-nos aos milhões de meninos e meninas que não têm o que comer, aos que passam esta época tão festiva longe dos que amam , aos pobres e oprimidos, e a todos aqueles que sofrem por causa de outros.
   Calculamos que este pedido te soe de uma forma estranha, mas, tendo 14 anos e assumindo-nos como a geração futura, estamos dispostos a dar um passo em frente, com vista a extinguirmos estes problemas, embora saibamos que é um processo longo e difícil.
   Globalizando a situação ou, como costumamos dizer, «resumindo e concluindo» , a nossa carta foi escrita na expectativa de que tu, com toda a tua bondade e magia, possas colaborar connosco nesta longa caminhada de mudança e aceitação , ou mesmo entre-ajuda, aos que dela necessitam!
   Apesar de ser pouco comum em ti, vamos aguardar ansiosamente a tua resposta!
   Cumprimentos,
Alunos do 9ºB
P.S. Embora na escola digamos o contrário, continuamos a acreditar em ti !

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

REVELAM-SE OS PRIMEIROS «ESCRITORES» ...

Será que é assim?
   Certo dia, a Margarida decidiu contar uma história ao avô, quando ele estava na sala a ver televisão.
   - Meu querido avozinho, posso contar-lhe uma história? - perguntou ela.
   -Sim, claro. Tenho muito gosto em ouvir-te! – respondeu o avô.
   Então, lá começou ela a narrar a história:
   -Era uma vez o capuchinho verde…
   -Não, querida, eu acho que é vermelho.
   -Sim, vermelho, mas não me corrija, porque assim perde a piada toda.
   -Continuemos… Era uma vez o capuchinho vermelho, que, certo dia, enquanto brincava, foi chamada pela sua tia para ir levar um cesto com vídeo-jogos à sua avó, que estava a praticar o seu desporto favorito: futebol.
   -Não, nada disso, querida, eu sei que sou velho, contudo, ainda sei a história, era eu quem te contava isso, quando eras pequenina. Foi a mãe quem pediu para ela levar o cesto e não era com vídeo-jogos, nem para levar à avó que estava no futebol. O cesto tinha doces e era para a avó que estava doente!
   -Avô, não me interrompa, por favor! Continuando, foi levar o cesto à avó que estava doente e não sabia se ia pelo estádio de futebol e parava para ver um pouco do jogo, ou pelo cinema e estava com os amigos para ver um pouco do filme! - continuou ela até ser interrompida pelo avô.
   -Desculpa lá, querida netinha, mas eu não suporto ouvir-te dizer asneiras atrás de asneiras. Estás sempre a enganar-te!
   -Avô, não me estrague o trabalho, demorei muito tempo a fazer este texto, para um trabalho da escola, e pensei que estava engraçado e, afinal, parece que não, está sempre a corrigir-me! É melhor ficarmos por aqui para não nos aborrecermos!
   -Está bem. Desculpa! Realmente, quando reescrevemos uma história, podemos dar asas à nossa imaginação.
   E a Margarida recolheu-se ao seu quarto, deitou-se e sonhou com a história do Capuchinho que, desta vez, era azul…

Sara Tavares 5º E



Defeitos … um momento de reflexão…

   O ser humano não é perfeito, nunca foi e provavelmente nunca há-de ser, já o dizia o meu avô e quem disser o contrário não poderá estar bem ciente da realidade.
   Ora, o facto de não sermos um poço de qualidades, não implica que sejamos os piores seres à face da terra, pois seria uma barbaridade dizer tal coisa, uma vez que todos somos diferentes e vivemos num mundo onde existe de tudo.
   Não gosto de me queixar e exibir os defeitos dos outros, no entanto, há certas personalidades (ou maneiras de ser) e defeitos que pouco, ou mesmo nada, me atraem.
   Vejamos, por exemplo, a falsidade! Certamente todos nós já ouvimos falar e conhecemos este desprezível e repugnante defeito e, provavelmente, poderíamos ficar aqui toda a tarde a debatê-lo e a tê-lo em consideração. De todos os defeitos, talvez seja este o que menos me agrada numa pessoa. Como podemos nós acreditar, ter como amigo, ou junto de nós, uma pessoa que sabemos que não nos está a contar a verdade? A mentir ou de certo a ocultar factos?! Não conseguimos! Eu pelo menos não, pois acredito que, para se manter uma relação, seja esta de amizade ou amorosa, tem de existir confiança, verdade, sinceridade …
   Existem, ainda, outras coisas que me aborrecem numa pessoa. Detesto quando as pessoas têm a mania de que são superiores a tudo e todos mas, sobretudo, odeio a injustiça. Julgo que, depois da falsidade, este será o maior defeito, pois é horrível alguém sentir-se injustiçado ou usado nas mãos de outrem. As pessoas injustas, ainda que não o desejem, acabam por se tornar frias e cruéis, afastando todos os que lhes querem bem.
   Para finalizar, vou falar muito rapidamente de um assunto que incomoda bastantes crianças, em especial: o facto de serem alvos de troça por parte dos colegas. Esses actos de «bullying» traumatizam muitos jovens, podendo mesmo entristecê-los, levando-os a tomar decisões um tanto ou quanto extremas.
   Neste pequeno texto, tentei reflectir sobre os defeitos que menos aprecio, apesar de saber perfeitamente que não sou ninguém para “apontar o dedo” a quem quer que seja!


Maria Miguel 9ºB

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dia do Professor

Lembrando que 5 de Outubro foi, também, o dia do professor, vários alunos do CIC quiseram dar o seu testemunho.



Um professor marcou a minha vida, porque …

 … me fez ver que, para além de ser meu educador, também era meu amigo e me apoiava, fazendo-me crescer, encarando a realidade.
Maria Miguel, 9º B

... me incentivou a lutar por um futuro melhor, fazendo com que nunca desistisse dos meus sonhos.
 Daniela Silva, 9º B


… me ensinou a nunca desistir e a lutar sempre pelos meus objectivos.
 Ana Teresa, 9º B


… me ensinou a vivê-la, enfrentando todos os obstáculos e abrindo-me os olhos para o mundo lá fora.
Margarida Büchner,  9ºC
 

…me preparou para o mundo exterior… porque, para além de letras e números, me ensinou a compreender melhor o que me rodeia.
Adriana Teiga, 9ºC


 …me fez conhecer novos mundos e ver a vida de maneira diferente.
Diogo Campos, 9ºC

...me aconselhou e ajudou a crescer como pessoa.
Francisco Vide, 9ºF

...me ajudou a ultrapassar as dificuldades que tinha à disciplina e me motivou a ter mais interesse e empenho, não só por essa disciplina, como por todas as outras!
Sabina Fernandes, 9ºD

...me deu as bases para encontrar sucesso na minha vida.
Tiago Barata, 9ºE

...me explicava os conteúdos, tim tim por tim, sempre dizendo:«Está atenta, está atenta!»
Francisca Ferreira, 8ºA

...sem ele jamais seria o que sou hoje. Ensinou-me a escrever as alegres e redondinhas letras e os infinitos números.
Catarina Moreira, 8ºA

...me abriu as portas para a Vida. Ensinou-me as primeiras letras, para o meu nome saber escrever, e a arte da pintura, para os meus sentimentos expressar!

Vanina, 8º A
Ser professor é...

 
...ser amigo... ensinar a escrever, a ler, a fazer contas, a fazer trabalhos manuais... ser alguém com quem podemos sempre contar.

Inês Ribeiro, 5ºD

...ser amigo, ser educador, ser compreensivo, ser paciente e ser uma pessoa excepcional.

Beatriz Melo, 5º D
...ajudar a construir futuros.

Inês Lima, 7ºB

...dar futuro ao saber.

Ana Sofia, 7ºD