terça-feira, 21 de dezembro de 2010

REVELAM-SE OS PRIMEIROS «ESCRITORES» ...

Será que é assim?
   Certo dia, a Margarida decidiu contar uma história ao avô, quando ele estava na sala a ver televisão.
   - Meu querido avozinho, posso contar-lhe uma história? - perguntou ela.
   -Sim, claro. Tenho muito gosto em ouvir-te! – respondeu o avô.
   Então, lá começou ela a narrar a história:
   -Era uma vez o capuchinho verde…
   -Não, querida, eu acho que é vermelho.
   -Sim, vermelho, mas não me corrija, porque assim perde a piada toda.
   -Continuemos… Era uma vez o capuchinho vermelho, que, certo dia, enquanto brincava, foi chamada pela sua tia para ir levar um cesto com vídeo-jogos à sua avó, que estava a praticar o seu desporto favorito: futebol.
   -Não, nada disso, querida, eu sei que sou velho, contudo, ainda sei a história, era eu quem te contava isso, quando eras pequenina. Foi a mãe quem pediu para ela levar o cesto e não era com vídeo-jogos, nem para levar à avó que estava no futebol. O cesto tinha doces e era para a avó que estava doente!
   -Avô, não me interrompa, por favor! Continuando, foi levar o cesto à avó que estava doente e não sabia se ia pelo estádio de futebol e parava para ver um pouco do jogo, ou pelo cinema e estava com os amigos para ver um pouco do filme! - continuou ela até ser interrompida pelo avô.
   -Desculpa lá, querida netinha, mas eu não suporto ouvir-te dizer asneiras atrás de asneiras. Estás sempre a enganar-te!
   -Avô, não me estrague o trabalho, demorei muito tempo a fazer este texto, para um trabalho da escola, e pensei que estava engraçado e, afinal, parece que não, está sempre a corrigir-me! É melhor ficarmos por aqui para não nos aborrecermos!
   -Está bem. Desculpa! Realmente, quando reescrevemos uma história, podemos dar asas à nossa imaginação.
   E a Margarida recolheu-se ao seu quarto, deitou-se e sonhou com a história do Capuchinho que, desta vez, era azul…

Sara Tavares 5º E



Defeitos … um momento de reflexão…

   O ser humano não é perfeito, nunca foi e provavelmente nunca há-de ser, já o dizia o meu avô e quem disser o contrário não poderá estar bem ciente da realidade.
   Ora, o facto de não sermos um poço de qualidades, não implica que sejamos os piores seres à face da terra, pois seria uma barbaridade dizer tal coisa, uma vez que todos somos diferentes e vivemos num mundo onde existe de tudo.
   Não gosto de me queixar e exibir os defeitos dos outros, no entanto, há certas personalidades (ou maneiras de ser) e defeitos que pouco, ou mesmo nada, me atraem.
   Vejamos, por exemplo, a falsidade! Certamente todos nós já ouvimos falar e conhecemos este desprezível e repugnante defeito e, provavelmente, poderíamos ficar aqui toda a tarde a debatê-lo e a tê-lo em consideração. De todos os defeitos, talvez seja este o que menos me agrada numa pessoa. Como podemos nós acreditar, ter como amigo, ou junto de nós, uma pessoa que sabemos que não nos está a contar a verdade? A mentir ou de certo a ocultar factos?! Não conseguimos! Eu pelo menos não, pois acredito que, para se manter uma relação, seja esta de amizade ou amorosa, tem de existir confiança, verdade, sinceridade …
   Existem, ainda, outras coisas que me aborrecem numa pessoa. Detesto quando as pessoas têm a mania de que são superiores a tudo e todos mas, sobretudo, odeio a injustiça. Julgo que, depois da falsidade, este será o maior defeito, pois é horrível alguém sentir-se injustiçado ou usado nas mãos de outrem. As pessoas injustas, ainda que não o desejem, acabam por se tornar frias e cruéis, afastando todos os que lhes querem bem.
   Para finalizar, vou falar muito rapidamente de um assunto que incomoda bastantes crianças, em especial: o facto de serem alvos de troça por parte dos colegas. Esses actos de «bullying» traumatizam muitos jovens, podendo mesmo entristecê-los, levando-os a tomar decisões um tanto ou quanto extremas.
   Neste pequeno texto, tentei reflectir sobre os defeitos que menos aprecio, apesar de saber perfeitamente que não sou ninguém para “apontar o dedo” a quem quer que seja!


Maria Miguel 9ºB