quinta-feira, 28 de junho de 2012

Chegados ao fim...


Chegados ao fim deste ano escolar, desejamos a todos os alunos do CIC umas ótimas férias e, se possível, recheadas de muitas e boas leituras!...











Em prosa ou em verso, os alunos do 5º ano continuam empenhados na escrita...

 
A Segunda Camada da Terra
            Ainda há pouco tempo, pensava que seria possível existir vida noutro planeta, noutro sistema solar, noutra galáxia, até noutro univrso paralelo ao nosso, mas, certo dia, percebi que não é preciso ir a outro planeta, a outro sistema solar, a outra galáxia, ou até mesmo a outro universo… Basta ir até à camada inferior, à crosta do nosso próprio planeta.
            A crosta terrestre é uma camada fina que cobre a Terra e onde se encontram os oceanos e todos os continentes. É sobre a crosta que existe a vida, tal como a conhecemos até hoje. No entanto, por baixo da crosta terrestre, existe outra camada chamada manto e é precisamente aí que se encontra uma nova vida desconhecida.
            Bem, acho que já chega de teoria e vou começar a contar a minha história.
            Andava eu pelas velhas ruas dos Carvalhos, quando reparei num buraco. A primeira coisa que me veio à cabeça foi que andavam a fazer obras naquela rua. Como não vi ninguém por ali a trabalhar, resolvi dar uma espreitadela. Não havia luz. Só conseguia ver o início de uma escada no meio daquela escuridão, porém não resisti a ir ver o que se encontrava no fundo dessa escada e comecei a descer. Ao descer a escada, não conseguia ver nada, por isso tive de usar a lanterna do meu telemóvel, pois estava escuro como breu. Já estava a descer a escada há cerca de quinze minutos e doíam-me os braços, quando comecei a ver luz. Involuntariamente, comecei a descer cada vez mais rapidamente, até que cheguei a uma aldeia muito parecida com as nossas, todavia cheguei à conclusão de que os seres que a habitavam deviam ser diferentes.
            Nesse momento, chegaram uns seres muito esquisitos com duas cabeças, seis olhos, oito braços, dez pernas e sete dedos em cada pé e em cada mão. Reparei que traziam armas (pelo menos, era o que aqueles aparelhos aparentavam ser) e uma espécie de cordas para me amarrarem. Ataram-me os pés e as mãos, puseram-me uma venda nos olhos, pegaram em mim e dirigiram-se para uma espécie de castelo.
            Lá, puseram-me à frente de um ser exatamente igual a eles, mas com uma coroa pousada entre as suas duas cabeças. Então, apercebi-me de que estava na presença do rei daquelas criaturas. Fiz alguns gestos e tentei dialogar um pouco:
            - Eu ser Teresa. Eu estar aqui por engano.
             Dizer palavras e fazer os seus gestos não é propriamente a minha melhor habilidade, todavia aquele reizinho com menos de um metro de altura acabou por entender:
            - Bem-vinda! Não precisas de fazer os gestos das palavras, pois eu falo todas as línguas do mundo; mas também não posso esconder que sei falar a minha língua.
           - Tu vais matar-me?- perguntei eu aos gritos.
            - Não! Mas que disparate! Nós não fazemos mal a ninguém. Os meus guardas é que quiseram saber a tua identificação. Espera que eu peço-lhes para te soltarem.
            E, então, aquele reizinho falou uma língua muito estranha e os guardas logo me largaram.
           - Teresa, és sempre bem-vinda ao nosso mundo. Podes ficar cá o tempo que quiseres.
            - Na verdade, eu precisava de ir à peixaria comprar algum peixe para a minha mãe e ela já deve estar à minha espera.
            - Sendo assim, adeus, Teresa, até qualquer dia, e espero ver-te daqui a duzentos anos, antes de morrer.  
            - Adeus! – disseram os guardas, num português falado “às três pancadas”.
            - Adeus! – respondi eu.
            Guiaram-me até ao buraco onde estava a saída, subi a escada e assim voltei para o nosso mundo.

Francisca Teresa  Celestino,  5ºB

Lua Nova e Lua Velha

Estou feliz, estou contente,
Nesta noite de luar,
Porque a lua olha para mim
Com um sorriso de encantar!

É brilhante e gloriosa
Esta noite de luar,
Esta bela lua cheia
Que me anda a inspirar!

É o astro em que me inspiro,
É o que me faz pensar
Lua nova ou lua velha
Todas podem ajudar.

E nesta noite bem escura
Nada mais há para falar,
A não ser que está estrelada
Como tudo pode estar!

Rodrigo  Pinho,  5º A  
O Mundo dos Felpudos
        Era uma vez um planeta distante do nosso. Um planeta chamado Felpudo, onde viviam uns habitantes que, em vez de cabelos, tinham muitos pelos coloridos na cabeça. Estes seres peludos eram músicos por excelência. Possuíam o dom de comunicar por pensamentos com o seu instrumento, de maneira que, quando um habitante construía o seu instrumento, este permanecia para sempre ligado ao seu mestre. Os felpudos aprendiam imediatamente tudo o que era necessário saber para o tocar. Não precisavam de estudar partituras, porque sabiam todas as músicas que existiam e que podiam ser tocadas naquele instrumento. Então, os livros com partituras eram estranhas peças de museu, a ilustrar uma realidade para muitos desconhecida do planeta de outo sistema, o planeta Terra.
         Um dia, um felpudo chamado João, ao remexer nas coisas antigas guardadas no sótão de sua casa, descobriu um instrumento musical estranho. Na caixa onde estava guardado dizia “saxofone” e por baixo reconheceu a assinatura do seu bisavô, que tinha sido um grande explorador do planeta Terra. Pegou nele, levou-o à boca, mas só conseguiu tirar uns sons desafinados e pouco agradáveis. Percebeu, então, que não sabia como tocá-lo.
          No dia seguinte, foi perguntar a todos os habitantes do planeta se alguém  sabia ensiná-lo a tocar saxofone, mas, para desespero do felpudo, ninguém conhecia o instrumento. Decidiu, então, que partiria à aventura ao planeta Terra, à procura de um professor de saxofone.
      Amanheceu, e o João partiu na sua nave espacial, viajou, viajou até chegar ao planeta azul. Aterrou e, depois de esconder a sua nave atrás de um arvoredo, desceu a colina e caminhou até entrar na cidade. Ao ver algumas pessoas, perguntou:
       -Sabem onde posso encontrar um professor de saxofone?
      Mas as pessoas ignoravam-no e afastavam-se dele, porque o seu aspeto não era normal. O pelo colorido que lhe cobria a cabeça fazia lembrar uma cabeleira de carnaval, o que o tornava uma pessoa estranha. Ao perceber o porquê do afastamento das pessoas, voltou de novo à nave e colocou uma cabeleira que imitava o cabelo humano. Pegou no saxofone e foi de novo para a cidade.
      Ao ver que um homem levava na mão uma caixa parecida com a sua, voltou a inquirir:
      - Sabes onde posso encontrar um professor de saxofone?
      O homem sorriu e disse:
      - Estás com sorte, eu sou saxofonista.
     O João ficou radiante e em poucos minutos estavam os dois numa conversa animada. Combinaram que o professor lhe daria aulas e dirigiram-se para um carro.
        -Entra no meu automóvel que eu levo-te à minha escola de música e ensino-te a tocar.
       O João nunca tinha visto um mundo assim, com muitas árvores, prédios, casas  e jardins.
      Quando chegaram à escola, o João leu o letreiro, que se encontrava em cima do edifício, que dizia «Escola de saxofone de Lisboa». Quando entraram, o professor perguntou ao João:
        - O que sabes sobre o saxofone?
        - Nada. - respondeu o João.
        - Então vou-te ensinar a partir do zero.
       O tempo foi passando e o João habituou-se à vida no planeta Terra. Se não fosse o incómodo de ter que usar aquela cabeleira postiça, talvez até preferisse a vida na Terra à do seu planeta. Passado um ano, já sabia quase tanto como o professor e, no ano seguinte, evoluiu de tal forma que o próprio professor se recusou a continuar com as aulas.
           - Segue a tua vida, João, és um grande saxofonista.
        Ao despedir-se, e como prova da sua gratidão, João contou a verdade que escondera todo o tempo, revelando a sua origem. O professor mostrou espanto, mas prometeu guardar segredo.
        O João viajou por todo o planeta Felpudo, fez muitos e muitos concertos e, quando podia, visitava o seu amigo professor. Cada mês que passava ficava mais famoso, pois todos desconheciam o saxofone e ninguém conseguia tocá-lo.
      Chegou um dia muito especial. O João ia ser reconhecido como o melhor músico de todos os tempos do planeta Felpudo. Resolveu, então, convidar o seu professor para assistir à cerimónia em conjunto com os pais. Desta vez, foi o professor que teve que usar a cabeleira colorida, para que ninguém suspeitasse que ele não era um felpudo.
      O apresentador chamou o João ao palco, ele subiu e disse ao microfone:
      -Boa tarde. Neste dia tão especial para mim, venho chamar o meu ex-professor ao palco, porque foi ele quem me ajudou a dar este enorme passo para a fama. Se não fosse ele a ensinar-me, ainda hoje não sabia tocar o saxofone.
      Todos aplaudiram de pé. A curiosidade e o esforço do João tinham feito dele um grande e conhecido músico. Fundou uma escola de saxofones na sua cidade e, como reconhecimento da ajuda dada durante a sua estadia no planeta Terra, mandou construir uma maravilhosa escola para saxofonistas em Lisboa, e ofereceu-a ao professor.

                                                                                                   Luís Ferrinha, 5º A

O rei cansado

Certo dia, um rei,
cansado de governar,
foi ao povo confessar:

-Meu povo, me demito
porque cansado estou
e então para a minha terra vou.

O povo reclamava:

-Mas rei, não podeis ir,
tantas terras para governar
e vós ireis desistir?

-Eu mais não digo.
E embora foi o rei
aborrecido consigo.

Pouco tempo depois,
à cidade veio um velho,
vestido de vermelho.

Era o antigo rei
que o condado veio visitar
para que com um final feliz
esta história viesse a terminar!

 Miguel Alves, 5º A

H de herói


         Há muitos, muitos anos, existia um mundo muito pequenino, chamado o mundo das letras! Os habitantes daquele reino, como já devem ter percebido, eram letras. Todas diferentes, mas muito importantes, alegres e divertidas!
                Certo dia, algo de estranho aconteceu no mundo das letras. Elas baralharam-se todas, as palavras já não faziam sentido, tinham as sílabas trocadas, letras desordenadas… não faziam o seu trabalho: ajudar as crianças a ler e a escrever, a contar lindas histórias… Por isso, aquele problema afetou muita gente, desde as letras até todos os seres humanos.
                Enquanto isto tudo se passava, o H tinha ido passar umas férias prolongadas à Holanda. Estava numa cidade calma e serena. Mal chegou das suas férias, não reconheceu os seus amigos. Algo se passava no mundo das letras! O que seria? Tentou falar com os seus vizinhos, mas não resolveu nada. Isto era mais difícil do que lhe tinha parecido no início. Fechou-se no seu quarto e começou a pensar no que teria acontecido realmente ao mundo das letras, já que ninguém lhe conseguia explicar.
                Passadas horas e horas e mais horas de pensamentos e reflexão, o H decidiu ir falar com o rei das letras: o A.
                Com o seu carrinho da pré-história, subiu montes, desceu vales, até que chegou ao seu destino: o Castelo do rei, chamado ALFABETO.
                - Senhor A, posso entrar?- pediu o H muito amavelmente.
                - Claro que sim. Diz-me lá, o que é que te traz aqui?
                O H muito envergonhado respondeu:
                -Queria saber uma coisa. O que é que está a acontecer no mundo das letras?
                O A explicou-lhe que os inimigos das letras (os números) tinham lançado um feitiço, que pusera toda a gente daquele mundo trocada.
                O H ficou muito pensativo: Como poderia ter acontecido aquilo enquando ele não estava no reino? O H, com as suas hastes imponentes, mantinha muito respeito entre os dois reinos rivais. Aquilo fora uma traição. Aproveitaram-se da sua ausência para criar confusão. Os números fizeram de propósito! Depois de muito pensar, o H pegou no seu carro da pré história e subiu a colina mais alta, onde estavam os inimigos. Mas, a meio da viagem…Puuuuuuuuu… O carro avariou!
                - Que desgraça, tenho de ir a pé!
                Demorou noites e dias para subir aquela colina. Mas, para que todos se entendessem, valia a pena o esforço. Quando chegou ao seu destino, viu um enorme exército de números até cem, que o rodearam.
                - Calma, eu só quero falar com o rei!- explicou o H.
                Chegou ao castelo do rei e entrou muito furioso.
                -O que é que fizeste ao meu reino? Diz-me como posso resolver este problema. Agora!
                -Se queres ajudar o teu reino, tens de obedecer a duas condições! Primeiro, tens de responder a esta adivinha: o que é que se acrescenta a uma caixa para ela ficar mais leve? E a outra é prometeres ficar mudo para o resto da vida!
                - O quê? Ficar mudo, eu que gosto tanto de falar? Temos de chegar a um acordo. Eu respondo à adivinha (até porque inteligência não me falta) e só fico mudo se for sozinho, no início, mas se for acompanhado pelas minhas amigas letras, tenho de falar!
                O rei dos números concordou com o H.
                O H saiu a correr até que tropeçou numa pedra e encontrou duas caixas. Olhou para elas durante dois dias, percebendo que aquelas caixas o ajudariam na adivinha.
                  Logo de manhã, levantou-se e dirigiu-se ao rei.
                - Então, já sabes a adivinha?
                - Claro que sim, a resposta é buracos.
                Mal disse aquelas palavras, o rei desapareceu num buraco gigante e o mundo voltou ao normal!
                Ao longe ainda se ouviu: «Não quebres a promessa…Eu voltarei!»
                Quando o H foi ao encontro do rei das letras, consideraram-no um Herói!
                Ainda hoje, a letra H é muito importante, mesmo quando está muda. Mas a palavra mais importante para o H é: Herói!
Inês Sofia Marques, 5º A

O dragão

Era uma vez um dragão que vivia no bosque, numa gruta muito grande e escura. Ele morava sozinho e não tinha amigos porque, quando alguém o via, fugia com medo. Na vila mais próxima, as pessoas sabiam da existência do dragão, mas morriam de pavor só de pensar na ideia de ver algum. Desta forma, dragões e pessoas viviam vidas diferentes, evitando qualquer contacto.
Este dragão era diferente. Sonhava ter um amigo. O dragão dizia:
-Estou farto de estar sozinho, quero ter um amigo! Amanhã vou à vila ver se encontro alguém que goste de mim.
No dia seguinte, atravessou o bosque em direção à vila. Ao longe, um condutor avistou-o e inverteu a marcha, fugindo o mais depressa possível. Na vila, aconteceu o que acontecia todos os dias... As pessoas fechavam-se nas casas e as ruas ficavam desertas. Cansado de estar sozinho, gritou alto:
-Eu desisto, vou para a minha gruta de onde nunca mais vou sair!
E assim foi. Passado um ano, o dragão já se tinha habituado à solidão, mas, cada dia que passava, entristecia um pouco mais.
Um dia, Manuel, conhecido por ser um rapaz corajoso, num dos seus passeios pelo bosque com a sua irmã Ana, decidiu entrar na gruta onde morava o dragão, enquanto a irmã entrançava pequenas flores para fazer um colar. Dentro da gruta estava escuro e os seus olhos mal distinguiam o vulto do bicharoco, quando ouviu um choro baixinho. O dragão percebeu que alguém tinha entrado, porém, triste como estava, nem se mexeu e limitou-se a perguntar:
-O que é que tu queres de mim?
O Manuel teve medo à primeira, contudo, depois de pensar melhor, percebeu que o dragão não fazia mal a ninguém, e então respondeu:
-Quero-te ajudar. Por que razão estás a chorar?
O dragão ficou impressionado com a coragem do rapaz, e respondeu:
- Eu estou à procura de um amigo há anos, e acho que nunca terei um amigo na minha vida. E, já agora, como é que te chamas?
- Chamo-me Manuel. E tu como é que te chamas?
-Chamo-me Dragolino.
Manuel fez uma pausa, e continuou:
- Queres que eu seja teu amigo?
-Sim. – disse o dragão que mal podia acreditar no que ouvia.
- Manuel? Onde estás?
De fora da gruta, ouvia-se a voz da Ana, irmã de Manuel, que viera chamar o irmão para regressar a casa, pois estava a tornar-se tarde.
-Vou já! - disse o Manuel rapidamente, com medo que a irmã descobrisse o seu segredo - Desculpa dragão, mas tenho de ir embora. Até amanhã!
 -Até amanhã! – disse o dragão.
Os dias passaram e os dois amigos divertiam-se a brincar no bosque. O Manuel ganhava sempre ao jogo das escondidas, pois o Dragolino era enorme e não havia árvore ou rocha que o tapasse. Por outro lado, perdia nos jogos de lançamento de pedras, visto que o dragão, com a sua cauda enorme, atirava-as a perderem-se de vista.
Numa tarde de verão, o Manuel apareceu triste. O dragão, preocupado com o amigo, perguntou:
-Porque é que estás assim?
-Estou assim, porque vamos viver para outra cidade e vou deixar de ver-te.
-Então, posso ir contigo? – perguntou o dragão.
-Isso seria bom, mas... Como viverias em nossa casa? O meu pai nunca o permitiria...
-Podes sempre perguntar. Não custa nada tentar.
-Está bem, eu pergunto - respondeu o Manuel pouco confiante.
O Manuel chegou perto do pai e inquiriu:
-Pai, podemos levar um dragão connosco?
-Não! – respondeu o pai.
-Ele é meu amigo, não faz mal a ninguém, ele fala, é simpático, é obediente, também acende a lareira quando está frio, quando está escuro, ele acende a vela e, quando nós quisermos viajar de avião, podemos viajar em cima dele.
-Convenceste-me, Manuel, pode ficar a morar no nosso jardim, mas ele é da tua responsabilidade e, se causar danos, é logo banido da nossa família. Ouviste bem?
-Sim, pai.
O dragão estava à escuta do lado de fora da casa e não cabia em si de contente.
-Viste, Manuel, conseguimos! – disse o dragão com ânimo.
Dito e feito. O dragão passou a ser um membro da família.
A conta do gás e da eletricidade baixaram, pois era ele que, com a sua labareda, aquecia a água e acendia a lareira; a carne e o peixe eram  grelhados só com o seu bafo; as férias passaram a ser de graça, já que viajavam sempre nas costas do dragão, e dormiam confortáveis debaixo das suas asas. Enfim, aproveitaram o que cada um tinha de melhor e assim construíram uma nova família.
O dragão viveu feliz para sempre. 
Luís Ferrinha, 5º A