sábado, 16 de fevereiro de 2013

Dia de São Valentim



Valentim era um bispo que continuava a celebrar casamentos, apesar de tal ter sido proibido pelo imperador da altura, pois este achava que os solteiros eram melhores combatentes, sendo mais eficazes na guerra. Depois de essa prática ter sido descoberta, Valentim foi preso, acabando por se apaixonar por uma jovem cega, à qual devolveu a visão. Antes da sua execução, este escreveu-lhe uma carta de despedida na qual assinou “Do teu Valentim”.
Passou, então, a celebrar-se o Dia de São Valentim (Dia dos Namorados), no dia 14 de fevereiro, data da sua morte, em sua homenagem. Neste dia, são oferecidos presentes à cara-metade de cada um, com o objectivo de celebrar o amor.
Mas…nem todas as histórias de amor têm um final feliz…



Amor pela primeira vez

Algures no planeta, num recanto de uma aldeia, vivia Miguel, um miúdo muito simpático e calmo. Era solitário, o que levava as outras crianças a pensar que ele era estranho.
Certo dia, enquanto passeava na floresta perto de sua casa, cruzou-se com uma rapariga muito bonita, de cabelo loiro e olhos tão azuis que até o céu os invejava. Olharam-se disfarçadamente pelo canto do olho e seguiram caminho.
Eram finais de verão e, como tal, final de férias. Miguel, todas as tardes do vasto período de descanso, atravessava a floresta, que ia dar a um pequeno monte onde ficava a ver o pôr do sol.
Nessa tarde, não queria quebrar o ritual e foi ao monte. Deitou-se e ficou a pensar na rapariga com a qual se cruzara. Era a primeira vez que estava apaixonado. Não podia negar, mas também não o queria admitir.
Na semana seguinte, foi para a escola. Foi um simples regresso às aulas. Entrou na sala e já estava toda a turma sentada. Olhou em redor, à procura de um lugar vago. Identificou um e dirigiu-se para ele até que, ao olhar para os alunos que o rodeavam, viu Diana, a rapariga que vira na floresta. Os dois olharam-se fixamente e perceberam de imediato o que sentiam um pelo outro. Paralisaram os dois até a professora os chamar à atenção.
 Não tiraram rendimento nenhum das aulas por estarem tão concentrados um no outro. Só no final do dia é que se falaram pela primeira vez. Foi uma conversa diferente. Não houve troca de palavras, apenas troca de olhares.
 Saíram da escola e Miguel levou-a pela mão através da floresta até ao monte onde ficaram a ver o pôr do sol. Beijaram-se e ficaram agarrados um ao outro até largas horas da noite, ignorando as famílias e o resto das vidas que tinham para trás.
António Sá, 8º A



Pauta do amor

Esta noite que vos vou contar passou-se nos meados de 1830, nos canais de Veneza, onde várias gondolas navegam, comandadas por homens bem vestidos e elegantes.
Trent Lefévre nasceu há 20 anos atrás com um talento nunca antes visto. Não é que este rapaz conseguia criar melodias nas pautas, mesmo antes de sequer saber o que era uma nota musical! Havia apenas um problema… Trent não sabia tocar nenhum instrumento…
Em Inglaterra, pronta a embarcar no comboio que a levaria a Veneza, Evelyn Rose, de 18 anos, apertava entre mãos a sua grande mala. Ia à procura de realizar o seu sonho: tocar piano numa orquestra famosa. Esse era o seu destino. Embarcando no comboio, despediu-se da sua família e seguiu caminho para o seu destino, não imaginando que encontraria o amor da sua vida.
De volta a Veneza, Trent e os seus conselheiros andavam em busca de uma orquestra perfeita. Havia folhetos por toda a cidade e um deles veio parar às mãos da menina Evelyn que, bastante entusiasmada, correu para o local onde estavam a ser feitas as audições. Assim que ela entrou, Trent ficou espantado com a sua beleza e ainda mais surpreendido se mostrou com a maneira com que ela tocava. Foi logo contratada! No fim do dia, a banda estava escolhida e os concertos marcados. Trent e Evelyn a pouco e pouco foram-se apaixonando e selaram o seu primeiro beijo antes de um concerto.
 Aqui fica uma história de amor que podia ser escrita através de uma pauta.

Marta Gabriela Sousa, 8º A



Joana e Pedro: um amor à primeira vista

Num belo dia de verão, há algum tempo atrás, Joana (rapariga de 15 anos) decidiu ir dar um passeio com o seu melhor amigo, um cão ao qual chamavam Rufias, mas, antes de sair de casa, Joana foi avisar os seus pais que se ausentaria durante a tarde.
Muito feliz, Joana deu dois grandes beijinhos aos seus pais e um abraço à sua irmã e prosseguiu o seu caminho com Rufias. Primeiro, foram caminhar pela floresta ao lado da aldeia e apreciar as árvores e as flores de tipos e cores variadas, sentindo o imenso perfume que delas provinha. Correram e saltaram. Joana adorava ver Rufias a brincar com os pequenos paus caídos das árvores. Passado algum tempo, já estavam um pouco cansados, por isso Joana decidiu passar por casa da sua amiga Raquel, que estava doente e que, naquele momento, precisava de bastante ajuda e carinho.
 Logo que tocaram à campainha, a mãe de Raquel abriu-lhes a porta. Joana entrou, juntamente com Rufias, e dirigiu-se ao quarto da amiga, julgando que esta estava sozinha. Bateu à porta e deu um passo em frente. Dentro do compartimento encontrava-se Raquel com o seu irmão mais velho que a ajudava a sentar-se. Chamava-se Pedro, era alto, de olhos azuis e o seu cabelo tinha a cor do ouro. Era adorável! E foi amor à primeira vista. Olharam-se muito fixamente até que trocaram um “Olá!”. Joana sentou-se ao lado de Raquel e começou a falar com eles, sobre tudo e mais alguma coisa, sem desviar o olhar daquele rapaz e este dela. De repente, Raquel teve de sair, porque a sua mãe a chamou, e Joana e Pedro ficaram sozinhos.
 Nesse momento, sem dizerem uma única palavra e sem qualquer hesitação, deram um pequeno beijo, que apenas Rufias testemunhou. Decidiram, então, sair de casa, despediram-se de Raquel e aproveitaram o tempo para se conhecerem melhor. Passearam, comeram, riram, e, finalmente, descobriram que aquele beijo era a chave para uma nova vida.
                                                                            Olívia Almeida, 8ºD   


Uma história de amor verdadeiro e infinito

Era uma vez um homem chamado Leonardo. Este homem era alto, forte, corajoso e trabalhador. Leonardo tinha uma vida normal, mas nunca se tinha apaixonado. Em contrapartida, muitas mulheres o amavam e elogiavam, dizendo que ele era alto como uma torre, forte como um lutador, corajoso como um descobridor e trabalhador como qualquer homem devia ser. Muitas tentavam conquistá-lo, mas ele esperava sempre pela mulher ideal.
Certo dia, numa tarde de verão, quando Leonardo estava num supermercado a fazer as compras, sentiu um perfume bastante agradável, como o aroma vindo de um campo de rosas. Ele perseguiu o rasto deste cheiro, até descobrir que vinha da mulher que tinha acabado de mudar-se para aquela cidade. Quando esta ia a sair, Leonardo seguiu-a até ao carro, pois estava apaixonado por ela, ele sabia que ela era “a tal”.
Depois de uma longa conversa, eles descobriram que a paixão era mútua. Começaram a namorar e, mais tarde, casaram.
Passados dois anos de casamento, também numa tarde de verão, Leonardo recebeu uma notícia: a sua mulher tinha saído daquela cidade, tinha-o abandonado. Ele ficou tão triste que acabou por se suicidar.
Porém, esta notícia não passara de uma brincadeira de mau gosto e, quando a mulher de Leonardo chegou a casa e o encontrou morto, sentiu-se mal e acabou por morrer, devido a um ataque cardíaco, causado pela forte emoção experimentada.
Mas, depois, o inesperado aconteceu: eles encontraram-se no céu e acabaram por prolongar a sua história de amor por tempo infinito.
                                   Tiago Loureiro, 8ºC

Amor, um veneno fatal

Era um dia muito cinzento, o sol escondera-se, apesar de ser primavera. Melinda, uma jovem inteligente, alta, com cabelos de ouro e olhos brilhantes, acabara de se despedir das amizades que havia travado no orfanato. Catorze anos depois de ser deixada à nascença num quartel de bombeiros pela mãe, Melinda foi adotada por um casal inglês.
A viagem para a casa nova foi silenciosa, quase arrepiante e a adolescente não trocou uma única palavra com a nova família, que vivia num apartamento modesto com três quartos. Melinda achou estranho, pois sabia que um desses quartos pertencia aos "pais” (Joana e Duarte), o outro (que infelizmente era roxo, a única cor entre as da paleta original que a rapariga odiava) seria para ela, mas existia ainda outro, todo azul. Mel perguntava-se de quem seria… o pensamento foi interrompido pelo som da porta principal a ser aberta. Era um rapaz extremamente belo, com cabelos castanhos e lábios encarnados, que tinha entrado. Quando o viu, a jovem só rezava para que ele não fosse o seu “novo irmão”, depois disso, só o ouviu a dizer que a família estava empolgada por a receber…
Seguiram-se dias, semanas, meses e a paixão, que nascera no momento em que o vira pela primeira vez, ia aumentando e Melinda era incapaz de suportar mais aquela dor, por isso, num dia frio de inverno, a rapariga explicou a André, este o nome do seu amado, que o amava.
Esta atitude teve consequências dramáticas, culminando o regresso de Joana ao orfanato, onde acabou por definhar, fechada naquele lugar bafiento, onde a imaginação perdeu as asas, devido ao AMOR, aquele veneno fatal.

                                                                                  Mariana Lima, 8ºD

Um vazio na alma
Tudo aconteceu no sétimo ano com um simples “olá”. Uma palavra simples, no entanto, foi assim que começou a história de Bruno e Joana.
Os olhos dele e o seu encanto natural estavam gravados na alma da jovem. Desde esse dia, tornaram-se grandes amigos, partilhando sorrisos, alegrias e tristezas.
O que ela não sabia era que ele tinha defeitos. Mas viria a descobrir, anos depois, quando este se envolveu no mundo das drogas e do álcool. Ela estava cega, cega de amor e, por isso, as discussões recorrentes e infindáveis eram sempre perdoadas pelas rosas e poemas…
Um dia, as palavras foram longe de mais e Joana não aguentou. Com o coração partido, pensou em suicídio, a base do seu mundo, o seu porto seguro...tudo se desmoronara.
Porém, Joana foi forte e pensou no que o futuro lhe reservava. Terminou tudo com Bruno.
Anos passaram, mensagens enchiam o seu correio, rosas o seu caixote do lixo e poemas de perdão o seu telemóvel.
Joana reconstruíra a sua vida, era uma empresária de sucesso, mas, por muito dinheiro que tivesse, o seu coração continuava vazio...
Talvez ela preferisse a dor, porque qualquer sentimento relacionado com ele era melhor que sentir o tão dolorosamente familiar vazio na alma. O vazio que ele criara… 
Kayla Silva, 8ºE        


Um amor inexplicável
Era uma vez uma jovem chamada Íris, que tinha os cabelos castanhos, onde se misturavam o loiro, o bege, o castanho-escuro e o claro. Tanta diversidade que nem é possível descrever. Esguia, humilde e rapariga de muitos bens, assim como a sua família, Íris colocava toda a sua vida para trás quando ia cavalgar Rosa, a sua fiel amiga égua, para o bosque.
Certo dia, Edmundo, um rapaz da aldeia, andava a vaguear pelo bosque quando foi apanhado de surpresa por Íris. Esta perdeu-se loucamente no olhar do rapaz e com ele aconteceu o mesmo. Apaixonaram-se perdidamente. Dia após dia, mês após mês, Íris e Edmundo tornaram-se os melhores amigos. No entanto, por detrás dessa fiel amizade, estava um amor proibido. Passado um ano e dois meses, Edmundo pediu Íris em namoro. Esta ficou radiante, mas não aceitou logo. Passado uma semana, Íris finalmente aprovou o pedido do rapaz.
Passados cinco anos, o pai da rapariga obrigou-a a casar com o primogénito de um reino distante, contudo Íris não deu o seu consentimento. No entanto, o casamento estava marcado e tudo preparado.
Chegado o dia de Íris e Bartolomeu casarem, a jovem foi para o altar vestida de preto. A meio do casamento, chegou Edmundo que tentou interromper aquele acontecimento. Bartolomeu exigiu que matassem Edmundo e este ficou ferido, às portas da morte, estendido no chão. Íris correu para ele e afirmou que nem a morte os separaria. Dito isto, pegou numa faca e espetou-a no seu coração.
Afinal, nem mesmo a morte os separaria!

Marta Silva, 8º A