Os alunos do 6º ano
foram convidados a escrever textos, nos quais relatassem acontecimentos
inesquecíveis, reais ou imaginados, passados num espaço natural e agradável, na
companhia de alguém importante para eles…
A Árvore
-Não
pode ser assim, não pode!
-Pois,
não devia, não!
Dei
um salto. Quem é que falou?
-Aqui
em baixo!
Olhei.
Encontrava-se lá um grilo encantador.
-Oh!
Que pequeno! E preocupas-te com o ambiente! Que bom!
-Tenho
razões para isso - respondeu ele - Anda comigo.
E
eu fui. Andamos muito, e chegamos a uma montanha relvada.
No
meio daquela verdura, estava uma árvore. Só uma. Mas era alta, bela e frondosa.
-Sobe
! - pediu ele.
Eu
subi. Nem acreditava no que via! Fiquei maravilhada com o verde das árvores e
dos arbustos, o azul do imenso céu, o cristalino azul dos rios, as cores vivas
das flores e os animais a brincar alegremente.
-Uau!
- exclamei eu - Que bonito!
-Mas
se nós continuarmos com a poluição… -começou por avisar o grilo.
Nesse
instante, tudo mudou. As árvores e os arbustos já não existiam, o céu ficou
cinzento, os rios, pretos, as flores, ressequidas. Os animais já não brincavam,
estavam deitados no chão a morrer, era um cenário desolador!
-Oh!-lamentei.
De
repente, desequilibrei-me e caí da árvore… Acordei…Tinha sido um sonho, mas
nunca me esquecerei do grilo falante, o mestre da Natureza, e da árvore, a Mãe
Terra.
Carolina Costa, 6º B
Eu e o renascimento da floresta
Fiz uma viagem
muito longa e, por fim, encontrei uma floresta de troncos negros, onde, porém,
não havia folhas de várias cores nem qualquer colorido que desse vida à
paisagem.
Perante aquela imensidão profunda, decidi ir
chamar alguns amigos.
Quando eles
chegaram, eu propus:
- Vamos ajudar a
floresta e também vamos chamar muitos animais.
Pouco depois, o
meu amigo José teve uma ideia:
- Vou ao campo e
vou buscar sementes.
Enquanto ele foi
buscar sementes, eu e os meus amigos procurámos uma clareira. Quando ele
chegou, plantámos as sementes na terra já lavrada.
Como por magia,
começaram a crescer muitas árvores de folhas de cores diferentes- verdes,
azuis, vermelhas, amarelas e alaranjadas…
De repente,
começaram a aparecer animais- patos, leões, pinguins cavalos…
Os anos iam
passando e eu continuava feliz a viver naquela floresta encantada.
E foi assim que
eu construí aquela maravilhosa floresta e nela vivi.
Simão Pacheco, 6º C
Uma experiência inesquecível
Num dia de verão
do ano de 2010, eu e a Érica, a minha melhor amiga, fomos acampar. Nesse dia, o
céu estava azul como o mar, o sol brilhante como um diamante e as nuvens
formavam desenhos muito engraçados.
Como nós somos
muito aventureiras, decidimos ir explorar uma floresta que se situava lá perto.
Tiramos fotografias, trepamos árvores, bebemos água de um rio… todavia, isso não
foi o mais importante. O mais marcante foi ver uma linda cascata com água
transparente e cintilante.
Entramos na água
e a Érica disse:
- Esta água é
mesmo quente!
Eu concordei, mas
subitamente olhei para as horas e gritei:
- Sai, sai!
Saímos apressadamente
da água, secamo-nos e fomos embora.
Ao aproximarmo-nos
do acampamento, vimos uma nuvem de fumo.
-O que será isto?
– indaguei eu.
Corremos até lá
e, para nossa admiração, o acampamento estava a arder.
Lembramo-nos da
cascata e informamos todos sobre a existência da mesma. Pegamos em baldes e
fomos buscar água para combater as chamas.
Felizmente, tudo
acabou bem e pudemos continuar a ir à cascata. Para mim, esta foi a melhor
experiência da minha vida.
Joana Silva,
6º A
TARDE
DE VERÃO
Foi numa linda tarde de verão que eu e a minha
família decidimos ir passear num jardim público perto de nossa casa.
Estivemos lá o dia todo e, no calor da tarde,
enquanto os meus pais liam o seu livro à sombra de uma árvore, eu e a minha
irmã afastámo-nos no meio de uma das nossas brincadeiras, e nem sequer nos
apercebemos de tal. E foi assim que avistámos lá ao fundo um lindo bosque cheio
de árvores e flores. Ao ver aquilo, a minha irmã, sem hesitar, correu logo em
direção àquele lugar mágico, mas, de repente, parou e gritou:
- Então, não vens?
Eu não achei muito bem aventurarmo-nos até tão
longe, porém decidi acompanhá-la, pois não queria deixá-la sozinha.
Atravessámos campos verdejantes, rios de águas
cristalinas, jardins coloridos, vimos patos, coelhos, perdizes e pardais, até
que chegámos ao bosque.
Eu avancei e subi à árvore mais alta daquela
densa floresta. Lá encontrei um pequeno pássaro ferido e, com pena dele,
levámo-lo para casa, onde eu e a minha família o tratámos com muito amor.
Rodrigo
Pinho, 6ªA
Um lugar especial
Num belo dia
primaveril, eu e o meu amigo Sérgio fomos passear pelos campos verdes, cheios
de flores coloridas. Eu era um menino de cor clara, de olhos e cabelo
castanhos. Eu gostava muito de passear, por isso, lá fomos nós aventurarmo-nos
pela magia daquele lugar.
Quando estávamos
a caminhar nos campos, vimos, de repente, uma luz que brilhava. Eu e o Sérgio
aproximamo-nos e reparamos que aquilo que brilhava era um rio, de águas claras
e límpidas. Entusiasmados e deslumbrados com o que vimos, fomos a minha casa
buscar duas toalhas de banho, para nadarmos. Quando lá cheguei, a minha mãe
perguntou-me:
-Fernando, onde
vais assim tão apressado?
-Mãe, eu e o
Sérgio vamos nadar num rio que encontramos !– disse eu.
-Mas o rio pode
ser perigoso! – alertou a minha mãe.
-Não é nada! –
neguei eu – As águas são claras e límpidas!
-Está bem! Vai
lá! Mas tem cuidado! – avisou ela.
E, assim, todos
os dias, encontrava-me com o Sérgio, no mesmo lugar de sempre, para irmos nadar
naquela água fresca e transparente.
Fernando Príncipe, 6º A
Um amor de
outono
O
meu amor de outono começou em 2002, na minha casa de férias. Era um final de
tarde agradável, uma brisa quente percorria os prados, agitando levemente os
dentes-de-leão que iam gentilmente largando as suas flores.
Saí de casa para ir para o meu lugar favorito
naquelas paragens: uma rocha enorme para onde vou habitualmente descansar,
simplesmente pensar ou escrever poemas. Aí estava eu, com um bloco de notas na
mão e a ponta de uma caneta na minha boca, quando, vinda do nada, ouvi uma voz
gentil:
-Olá! Que estás a fazer?
Virei-me para trás e vi uma rapariga lindíssima,
tinha cabelos ruivos, olhos castanhos, mas de essência vermelha, um nariz fino
e empinado e, mesmo à beirinha dele, umas sardas que davam um olhar engraçado à
sua cara.
Hesitei, mas finalmente respondi-lhe:
-Estou a escrever um poema.
-Está bem. Queres largar o bloco e vir brincar
comigo?
Deixei cair o bloco e respondi-lhe:
-Claro!
Corremos…Saltamos… Caímos…Foi o melhor dia da
minha vida!
No dia seguinte, acordei cedíssimo e fui para
junto da rocha. Não tive de esperar muito antes de ela aparecer.
Nesse dia, comecei a pensar se não queria que
ela fosse mais do que minha amiga.
No dia a seguir, fui para lá e não a vi. Ela
deixou um bilhete a dizer que estava só de passagem, no entanto regressaria ali
todos os anos.
Há doze anos que nos encontramos naquele lugar
paradisíaco e a imagem dela acompanha-me em todos os minutos da minha vida, por
isso, este ano decidi-me e perguntei-lhe:
-Queres casar comigo?
A cara da Catarina corou, realçando as suas
pequenas sardas, quando ela respondeu:
-Sim!!!
E esta é a história do meu amor de outono que,
finalmente, se estendeu por todas as estações do ano!...
Gaspar Rocha, 6º A
Uma
experiência inesquecível
Certo
fim-de-semana, os meus pais e eu organizámos uma ida ao Gerês, pois já era
verão. Eu convenci-os a convidarem um amigo meu e os seus pais a virem
connosco.
Combinámos
tudo e partimos para o Gerês, ansiosos por desfrutar das magníficas paisagens
que esta serra nos oferece.
Quando
chegámos, fizemos um piquenique ao ar livre. Eu senti uma sensação de liberdade
e de felicidade por estarmos todos reunidos.
Depois
do almoço, eu e o meu amigo fomos jogar futebol, enquanto os nossos pais
conversavam.
A certa
altura, encontrámos uns meninos a pescar lagostins e não conseguimos esconder a
nossa curiosidade. Um dos meninos perguntou-nos:
-Olá!
Como se chamam?
-Eu chamo-me Serafim!- respondeu o meu amigo.
-E eu Tiago… - disse eu.
-Querem vir pescar connosco?- convidou o
menino ao seu lado.
-Claro que sim! – respondemos eu e o meu amigo
em coro.
Eles
explicaram-nos como se pescava. Era divertido!
Passámos
a tarde inteira a pescar, apreciando aquele passatempo e a companhia dos nossos
novos amigos.
Quando
já eram seis horas, despedimo-nos já com alguma saudade e regressámos ao local
do piquenique.
Passámos
mais uns minutos a conversar com os nossos pais, arrumámos tudo e regressámos.
Vou recordar para sempre este dia inesquecível passado com o meu
amigo!!!
Tiago Ramos, 6º B