terça-feira, 9 de julho de 2013

Poemas 6º ano


E se, de repente, os objetos à nossa volta ganhassem vida própria e desatassem a fazer o que lhes apetecesse?
Foi o que aconteceu a alguns objetos, escolhidos pelos alunos do sexto ano, aquando do estudo do texto poético, e que originaram estes poemas inéditos:

 

Uma almofada desobediente

 
Tenho uma almofada

que deixou de me obedecer

só quer estar na galhofada

durante todo o escurecer.

 

Quando me deito, ponho-a no lugar

mas basta-me adormecer

para ela ao chão regressar.

Isto assim não pode ser!

 

A minha almofada adora brincar

e com as outras almofadas segredar.

A sua melhor amiga passa a noite no chão

E, com pena dela, atira-se abaixo do colchão!

 

Passo a noite sem almofada,

o que hei-de eu fazer?

Preciso de ajuda

para que ela me volte a obedecer!

Mafalda Andrade, 6º B

 


O meu livro de matemática

O meu livro de matemática,

Tem uma página encravada,

 mas que grande problemática!

Mas que grande maçada!

 

Está sempre a parar,

Na página de introdução,

está cansado de ajudar,

meninos que não têm solução!

 

Que hei eu de fazer?

Deixar de aprender?

Preciso de ajuda,

Estou mesmo a sofrer!

 

Carolina Costa, 6ªA

 

O computador


O computador

É um grande sabichão

Mas sem a ajuda do homem

Não diz sim nem não

 

Tem grande capacidade

Conhece o mundo inteiro

Na cultura e no lazer

Está sempre em primeiro

 

Serei eu capaz

De tanto conhecimento?

Gostava que me ajudasse

Durante o meu crescimento!

 

                                                      Inês Capela, 6º A


A tesoura verde

 

A minha tesoura verde

Não para de falar

Com as lâminas a abrir

Sempre, sempre a cortar

 

Quero cortar um desenho

Que fiz no papel

Mas a tesoura só corta

A forma de um anel

 

A minha tesoura verde

Estava cansada de estar na mochila

Porque na sua cabecinha

Imaginava uma vida tranquila

 

Tinha muita pena dela

E de lá tive de a tirar

Mas quando eu a tirei

Ela começou a falar:

 

“Não quero estar naquele mundo

Onde reina a desarrumação

Já pensaste em limpar a pasta?

Bem me parecia que não…”

 

Preciso de uma opinião…

Serei capaz de a curar?

Se quero desenhar um círculo,

Ela corta as ondas do mar!

 

Não sei o que fazer…

Deixá-la morrer?

Deitá-la ao chão?

Ou devolvê-la ao Reino Da Desarrumação?

 

Matilde Fernandes, 6º A

 


A minha velha impressora


 

A minha impressora

Está sempre a encravar

E este problema

Nunca vai acabar.

 

Já tem idade

Para ser avó,

Mas a sua existência

Continua só.

 

Não sei como irei

Fazer o meu trabalho,

Ajuda já implorei

Mas que grande atalho!

 

Diogo Lima, 6º A

 

A minha bola

 

Tenho uma bola

Que não sabe jogar

Anda sozinha

Sem me acompanhar

 

Está sempre a saltar

Com a cabeça no ar

Parecendo querer

O sol apanhar

 

Está apaixonada

Por um sol radiante

E agora nos treinos

Anda sempre distante

 

Fica feliz

Quando o sol está a raiar

Mas cai num pranto,

Numa bela noite de luar.

 

O que vou eu fazer?

Deixar de brincar?

Só jogar ao luar?

Mas porquê? Mas porquê?

Inês Sofia Marques, 6º A

 

O Meu Despertador

 

O meu despertador

Que tão certo era

Não me deixa pôr

O meu cobertor

 

Desperta à noitinha

Sem eu lhe pedir

E de manhãzinha

Deixa-me a dormir

 

Digo-lhe sempre

Que tenho de descansar

Mas ele não desiste

Está sempre a tocar

 

Que hei de eu fazer?

Dormir de manhã?

Ou talvez dizer

Algo à minha mamã?

 

Talvez um dia

O desligue da tomada

Para me poder encostar

À minha querida almofada!

 

Miguel Alves, 6º A

 

O meu compasso
 

                                        

Eu tenho um compasso

Que é um bailarino,

Sempre que dá um passo,

Tomba devagarinho.

 

Ele está apaixonado

Por um computador,

Que também está enamorado,

Pois escreve-lhe versos de amor.

 

Peço ajuda, por favor

Com esta situação,

Pois trata-se de  um amor

De grande dedicação!

 

Por causa deste amor,

A nota de matemática,

Talvez seja um terror!

E isso será uma história dramática!

 

 

Tiago Ramos, 6º B